Diretora: Laís Bodanzky
Nascida em São Paulo, formou-se em cinema pela FAAP e em 1994 lançou seu primeiro trabalho, um curta chamado “Cartão Vermelho”, contando a descoberta da sexualidade na perspectiva uma menina. Para quem ficou interessado, o curta está disponível no YouTube e coloquei abaixo para facilitar.
Em 1999, lançou seu primeiro documentário: “Cine Mambembe – O cinema descobre o Brasil”. Neste trabalho, Bodanzky e seu marido viajam o Brasil mostrando, também com entrevistas, curtas nacionais para pessoas que fizeram o primeiro contato com o cinema. Caso queira saber mais, clique aqui.
No ano seguinte, ela lançou aquele que considero seu melhor trabalho, o filme “Bicho de Sete cabeças”, protagonizado por Rodrigo Santoro, no papel de Neto. Seu trabalho rendeu muitos prêmios, merecido, levando em conta como foi difícil levantar o dinheiro para produção, pois muitas empresas não queria o nome associado à drogas, assunto tratado no filme. A história mostra Neto, um jovem com difícil relacionamento com o pai, que cansado da situação, decide interná-lo no manicômio. Porém, as instituições psiquiátricas mostram-se problemáticas, a ponto de piorar a situação dos pacientes.
Em 2002, ela lançou um trabalho em conjunto com o marido, o documentário “A guerra dos paulistas”, assistam que é bem interessante e trata da história da Revolução de 1932. Para amantes da história e quem estiver estudando para vestibulares, poupei o trabalho e incorporei o vídeo no fim do post.
Somente em 2007 ela lançou outro filme, “Chega de Saudade”, mostrando as histórias de diferentes personagens durante uma noite de baile, gravado em São Paulo, na União Fraterna. Além de ser bem interessante o fato de ter sido rodado em um único local, ainda devemos ressaltar a presença de uma trilha sonora nacional, interpretada por Elza Soares e Marku Ribas.
Três anos depois, Laís mostra um trabalho mais voltado para jovens, a comédia “As melhores coisas do mundo”, conta a história do Mano, um garoto que precisa lidar com problemas típicos de adolescente.
Em 2012, ela foi uma das realizadoras do “Mundo Invisível”, um conjunto de curtas que mostram entrevistas sobre o trabalho de um ator. Bodanzky ficou com o segmento com o título “O ser transparente”. Para saber mais do trabalho, clique aqui.
Em 2013, Bodanzky trabalhou em um documentário, chamado “Mulheres Olímpicas”. Assim como “A guerra dos paulistas”, o documentário mostra uma pesquisa bem aprofundada e nos apresenta como foi e como é a luta pelos direitos da mulher no esporte. É possível assisti ao documentário na íntegra através do site da ESPN.
Entre 2014, ela trabalhou como co-diretora em um documentário para TV, chamado “Educação.doc”, que mostra como algumas regiões pobres conseguem oferecer escolas com ensino de padrão de primeiro mundo. E, em 2015, dirigiu dois episódios da série “Psi” da HBO, série que narra a vida do psicólogo, psicanalista e psiquiatra Carlo Antonini.
Seu último filme será lançado este mês, dia 31, com o título: “Como nossos pais”. Como não assisti, não posso emitir uma opinião, mas pelo IMDB é possível ver uma boa avaliação, além de ter vencido um prêmio dentre três que foi nomeado.
Bodanzky e seu marido, Luiz Bolognesi, possuem um projeto bem legal chamado Cine Tela Brasil, um cinema itinerante que tem como objetivo levar filmes na telona para quem não tem acesso. O projeto já rendeu um livro intitulado: “Cine Tela Brasil e Oficinas Tela Brasil: 10 anos levando cinema a escolas públicas e comunidades de baixa renda”.
Para recomendação, não tive a oportunidade de assistir por completo o trabalho recente, por isso indicarei seu trabalho mais antgo: “Bicho de sete cabeças”, o documentário “A guerra dos Paulistas” e um filme mais leve: “Chega de Saudade”! Boa sessão pipoca!
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